31/10/2013

O que é um Traumatismo da medula espinhal?

O que é?
A medula espinhal transmite os sinais nervosos do cérebro para o resto do corpo. O traumatismo da medula espinhal pode resultar em diversas lesões. Nos países europeus cerca de metade ocorre na sequência de acidentes de viação, 35 a 42% depois de quedas e entre 11 e 12% após lesões relacionadas com a prática de desporto. Mais de 80% dos casos de traumatismo da medula espinhal ocorrem em pessoas com idade compreendida entre os 15 e os 35 anos. Cerca 80% dos indivíduos afectados são do sexo masculino e até um quarto dos casos verificam-se após uma ingestão significativa de álcool. A maior parte das lesões da medula espinhal ocorrem ao nível da região cervical, ou seja, no pescoço. O seu traumatismo pode resultar numa equimose da própria medula espinhal, numa perturbação da sua irrigação sanguínea ou numa secção (corte) da mesma. As lesões da medula espinhal são graves e podem provocar uma diminuição da força, da coordenação e da sensibilidade, bem como de outras funções, tais como o controlo da bexiga.


Sinais e Sintomas
Os sinais e sintomas de um traumatismo da medula espinhal variam dependendo da localização e da gravidade da lesão. Um traumatismo completo da medula espinhal resulta numa perda total da sensibilidade e da capacidade para o indivíduo se mover que ocorre aproximadamente abaixo do nível da lesão. Por exemplo, uma pessoa lesada a meio do pescoço irá perder a sensibilidade e será incapaz de se mover abaixo do meio do pescoço. Quase metade das lesões da medula espinhal são completas e caso ocorram na parte superior do pescoço podem comprometer a capacidade para respirar e exigir que a pessoa tenha de recorrer a um ventilador mecânico para sobreviver.
Outras alterações que podem acompanhar uma lesão da medula espinhal incluem a dor ou a pressão no pescoço, na cabeça ou no dorso, bem como uma equimose e edema significativos da pele ao nível da área lesada.
As lesões de um lado da medula espinhal ou da sua zona central irão produzir padrões de sinais/sintomas característicos, tais como uma fraqueza ou paralisia dos braços ou das pernas ou de um dos lados do corpo. Numa pessoa traumatizada que está inconsciente, o grau da lesão neurológica pode ser difícil de avaliar, pelo que os médicos devem manter um grau de suspeição elevado relativamente à possibilidade de ter ocorrido uma lesão da medula espinhal e tomar medidas para proteger esta estrutura. Isto é geralmente conseguido através da utilização de um colar cervical rígido para imobilizar o pescoço ou através da imobilização da pessoa, colocando-a num plano rígido para poder ser transportada.
Diagnóstico
A possibilidade de traumatismo da medula espinhal deve ser tida em consideração em qualquer pessoa que tenha sofrido um acidente de viação grave ou que tenha experimentado uma lesão significativa da cabeça ou do pescoço. Se a pessoa estiver consciente, deve-lhe ser perguntado se sente dores no pescoço e se consegue sentir e mover os braços e as pernas. Pode igualmente proceder-se a uma avaliação para verificar se existem outras lesões que possam estar a desviar a atenção da lesão no pescoço e para avaliar a presença de outros sinais de lesão da medula espinhal. As radiografias, a tomografia computorizada (TAC) e a ressonância magnética nuclear (RMN) podem ser indispensáveis para avaliar a coluna e a medula espinhal.
É com frequência mantido um colar cervical para conservar o pescoço imobilizado até os resultados dos exames estarem disponíveis. No caso de se suspeitar de uma lesão da medula espinhal, o colar pode ser mantido durante pelo menos vários dias, mesmo que os exames sejam negativos, para o caso de existir uma lesão que não tenha sido detectada devido à presença de edema ou de espasmo muscular.
As lesões completas da medula espinhal são diagnosticadas quando ocorre uma perda total da sensibilidade e do controlo motor. As lesões incompletas causam alterações variáveis de perda sensitiva, de fraqueza muscular ou de paralisia, dependendo do local da lesão.
Duração Esperada
A duração dos sinais e sintomas da lesão da medula espinhal depende da sua natureza e da extensão. As equimoses ligeiras podem desaparecer com o tempo, embora a recuperação completa por vezes demore semanas a meses. As lesões mais graves resultam frequentemente numa perda permanente da função. As estratégias para ajudar as células nervosas (neurónios) a recuperar depois de uma lesão constituem uma área de investigação.
Prevenção
A prevenção de uma lesão da medula espinhal requer a prevenção das lesões traumáticas da coluna vertebral, especialmente do pescoço. As causas principais de lesão da medula espinhal incluem os acidentes de viação, as quedas, os desportos, os acidentes de mergulho e as armas de fogo. Para prevenir uma lesão da medula espinhal:
  • use cinto de segurança
  • se beber não conduza
  • não mergulhe em água de profundidade desconhecida
  • mergulhe apenas em água com pelo menos 2,5 a 3,5 m de profundidade e com os braços à sua frente
  • use equipamento de protecção ao praticar desporto
  • proteja-se contra as quedas.
Tratamento
Os cuidados de emergência, a cirurgia (quando necessária), a reabilitação e os cuidados de suporte, incluindo a utilização de ventiladores, podem ajudar as pessoas com lesões da medula espinhal a sobreviverem e a aproveitarem ao máximo a função neurológica remanescente. Imediatamente depois da lesão, são com frequência administrados corticosteróides para reduzir o edema que envolve a medula espinhal lesada, no entanto a eficácia desta medida é hoje questionada.
A maior parte dos tratamentos para as lesões da medula espinhal envolvem uma abordagem de vigilância. Se a lesão for ligeira, apenas o tempo irá revelar a extensão da recuperação. Nos indivíduos com lesões graves, é pouco provável que ocorra uma recuperação completa e o tratamento consiste em proporcionar cuidados de suporte, em ensinar novas aptidões e em desenvolver estratégias para lidar com o problema. Nos traumatismos da medula espinhal é por vezes necessária uma intervenção cirúrgica, quando a lesão das estruturas ósseas que a envolvem têm de ser estabilizadas ou no caso de ser necessário remover um coágulo de sangue. As áreas de investigação actual incluem:
  • arrefecimento da temperatura corporal ou arrefecimento dos tecidos próximos da medula espinhal
  • transplante de células nervosas
  • hormonas e factores de crescimento que estimulem a regeneração das células nervosas
  • estimulação eléctrica.
Alguns especialistas consideram que as células estaminais constituem uma opção promissora para ajudar a regenerar as células nervosas lesadas e a recuperar alguma da função neurológica perdida, mas a evidência clínica é ainda muito reduzida.
Quando contactar o seu médico
Todos os casos de traumatismo real ou possível da medula espinhal devem ser avaliados imediatamente por um médico.
Prognóstico
A medula espinhal pode cicatrizar com o tempo sem problemas adicionais ou pode conduzir a deficiências permanentes, dependendo da localização e da gravidade da lesão.

21/10/2013

Exercício para o bem-estar










Se o peso pode ser um forte potenciador de problemas de saúde com impacto na vida e nas finanças particulares na vida e nas finanças particulares e dos países, é a inatividade física que maior relevo ganha na análise da OMS e faz dela a quarta principal ameaça de saúde, superada por hábitos como álcool e o tabaco.
Em Portugal, os últimos dados do Health at a Glance, da OCDE, mostram que os hábitos de exercício estão abaixo da média dos rapazes com 15 anos que faz atividade física moderada a vigorosa está nos 19%, em Portugal são apenas 10% os que assumem esses hábitos. As raparigas seguem a mesma tendência dos rapazes portugueses, com apenas 6% a fazerem atividade física moderada a vigorosa, enquanto na UE a percentagem chega aos 10%.
" A falta de tempo ou indisponibilidade ´mental` para a prática diária de exercício físico, que não implica frequentar um ginásio mas é por muitos entendida dessa forma e por isso não a praticam".
A importância da atividade física levou mesmo a OMS a fazer recomendações de exercício que indicam as metas que os jovens, os adultos e a população que já ultrapassou os 65 anos devem seguir para manterem a saúde e evitarem a ocorrência de maiores riscos para a qualidade e o bem-estar.
Por exemplo, para quem tem entre os 18 e os 64 anos o ideal é fazer atividade aeróbica intensiva moderada de 150 minutos por semana ou atividade aeróbica intensiva de 75 minutos no mesmo período, mas o exercício para lá destas metas pode ter benefícios segundo o organismo internacional. Quanto mais cedo melhor e o papel dos pais pode ser um forte impulso para poupanças nas economias familiares e dos sistemas de saúde. Os exemplos são dados por um dos maiores fabricantes de produtos desportivos, a norte-americana Nike.
De acordo com o estudo Designed to move, a intervenção precoce e a atividade física em tenra idade podem levar a um potencial acréscimo de cinco anos de vida.

Com o tema da inatividade e do peso associado aos hábitos de alimentação, os nutricionistas consideram que " há uma preocupação maior em fazer uma alimentação saudável", mas alerta para o facto de haver maior procura por" livros que, mesmo não seguindo os princípios da alimentação racional, prometem resultados rápidos ao nível da perda de peso, na ordem dos dias ou semanas, produtos e dietas milagrosos que não existem. Se realmente o interesse fosse fazer uma alimentação saudável, 95% das consultas de nutrição não tiram como motivação próxima apenas a perda de peso".





Mexer-se evitando "pecados" alimentares
A saúde é um dos componentes que deve ter em conta na gestão do orçamento familiar. Conheça os erros que os nutricinonistas apontam e que deve evitar na alimentação.


  • Excessiva ingestão calórica em geral, agravada pela falta de atividade física da maioria das pessoas, responsável pela enorme e crescente taxa de obesidade entre adultos e crianças.
Causas:
  • Ingestão de alimentos com teor de açúcar, nomeadamente o consumo exagerado de refrigerantes e de bebidas alcoólicas.
  • A não inclusão de sopa e/ou hortícolas e fruta nas refeições principais, o que leva a que se coma muito do prato "principal".
  • O uso recorrente de batatas fritas de pacote ou outros aperitivos como solução para os snacks que deveriam ser constituídos por alimentos pouco calóricas e mais saudáveis.
  • O uso exagerado de sal, responsável pelo agravamento da tensão arterial e pelo aparecimento dos problemas vasculares, renais ou gástricas. O uso indiscriminado de alimentos processados e ultra-processados " carregados" de aditivos cujos efeitos estão muito pouco estudados.

  • A falta de tempo ou indisponibilidade" mental" para a prática diária de exercício físico.

  • A  convicção arreigada mas infundada de que uma alimentação saudável é exclusivamente constituída por saladas, "cozidos e gralhados", aliada a uma publicidade e junk food ( traduzido por comida lixo) agressiva e permanente, sem direito ao princípio do contraditório.


03/10/2013

Suplemento diário faz a diferença




O consumo de iodo durante a gravidez em quantidades adequadas contribui para o desenvolvimento cerebral da criança, conclui uma pesquisa britânica que acompanhou 1040 pares de mãe e filho.
No primeiro trimestre da gravidez, foram recolhidas amostras de urina da mãe para avaliar a concentração de iodo. As mulheres foram divididas em dois grupos, consoante a relação entre o iodo e a creatinina. O iodo encontra-se presente nas hormonas tiroideias e a creatinina, produzida pelo fígado, é um indicador do funcionamento dos rins.
Os investigadores consideraram ainda fatores socioeconómicos e relacionados com pais e filhos e analisaram o quociente de inteligência da criança de 8 anos.
Um ano depois, avaliaram a respetiva capacidade de leitura. Os filhos de mulheres com proporção entre o iodo e a creatinina inferior a 150 microgramas por grama mostraram mais limitações ao nível da capacidade verbal e da leitura e sua compreensão. Os resultados foram piores ainda para as mães abaixo de 50 microgramas por grama.
Em Portugal, o consumo de iodo parece ser inferior ao ideal. Segundo um estudo realizado e publicado no European Journal of Endocrinology em 2010, apenas 17% das grávidas apresentaram valores satisfatórios. Atendendo a estes resultados, recomenda-se um suplemento de iodo( WELLNESS ) em todas as mulheres que pretendam engravidar, mas também durante a gravidez e a amamentação.







Mineral 
O iodo é um componente essencial das hormonas tiroideais triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), que regulam o metabolismo, o crescimento, desenvolvimento e função reprodutiva. Distúrbios por deficiência de iodo incluem o hipotiroidismo, bócio e atraso mental. A deficiência de selénio pode exacerbar os efeitos da deficiência de iodo. Boas fontes de iodo são as algas marinhas, sal iodado, marisco, feijões, batatas, lacticínios e ovos.