Se o peso pode ser um forte potenciador de problemas de saúde com impacto na vida e nas finanças particulares na vida e nas finanças particulares e dos países, é a inatividade física que maior relevo ganha na análise da OMS e faz dela a quarta principal ameaça de saúde, superada por hábitos como álcool e o tabaco.
Em Portugal, os últimos dados do Health at a Glance, da OCDE, mostram que os hábitos de exercício estão abaixo da média dos rapazes com 15 anos que faz atividade física moderada a vigorosa está nos 19%, em Portugal são apenas 10% os que assumem esses hábitos. As raparigas seguem a mesma tendência dos rapazes portugueses, com apenas 6% a fazerem atividade física moderada a vigorosa, enquanto na UE a percentagem chega aos 10%.
" A falta de tempo ou indisponibilidade ´mental` para a prática diária de exercício físico, que não implica frequentar um ginásio mas é por muitos entendida dessa forma e por isso não a praticam".
A importância da atividade física levou mesmo a OMS a fazer recomendações de exercício que indicam as metas que os jovens, os adultos e a população que já ultrapassou os 65 anos devem seguir para manterem a saúde e evitarem a ocorrência de maiores riscos para a qualidade e o bem-estar.
Por exemplo, para quem tem entre os 18 e os 64 anos o ideal é fazer atividade aeróbica intensiva moderada de 150 minutos por semana ou atividade aeróbica intensiva de 75 minutos no mesmo período, mas o exercício para lá destas metas pode ter benefícios segundo o organismo internacional. Quanto mais cedo melhor e o papel dos pais pode ser um forte impulso para poupanças nas economias familiares e dos sistemas de saúde. Os exemplos são dados por um dos maiores fabricantes de produtos desportivos, a norte-americana Nike.
De acordo com o estudo Designed to move, a intervenção precoce e a atividade física em tenra idade podem levar a um potencial acréscimo de cinco anos de vida.
Com o tema da inatividade e do peso associado aos hábitos de alimentação, os nutricionistas consideram que " há uma preocupação maior em fazer uma alimentação saudável", mas alerta para o facto de haver maior procura por" livros que, mesmo não seguindo os princípios da alimentação racional, prometem resultados rápidos ao nível da perda de peso, na ordem dos dias ou semanas, produtos e dietas milagrosos que não existem. Se realmente o interesse fosse fazer uma alimentação saudável, 95% das consultas de nutrição não tiram como motivação próxima apenas a perda de peso".
Mexer-se evitando "pecados" alimentares
A saúde é um dos componentes que deve ter em conta na gestão do orçamento familiar. Conheça os erros que os nutricinonistas apontam e que deve evitar na alimentação.
- Excessiva ingestão calórica em geral, agravada pela falta de atividade física da maioria das pessoas, responsável pela enorme e crescente taxa de obesidade entre adultos e crianças.
Causas:
- Ingestão de alimentos com teor de açúcar, nomeadamente o consumo exagerado de refrigerantes e de bebidas alcoólicas.
- A não inclusão de sopa e/ou hortícolas e fruta nas refeições principais, o que leva a que se coma muito do prato "principal".
- O uso recorrente de batatas fritas de pacote ou outros aperitivos como solução para os snacks que deveriam ser constituídos por alimentos pouco calóricas e mais saudáveis.
- O uso exagerado de sal, responsável pelo agravamento da tensão arterial e pelo aparecimento dos problemas vasculares, renais ou gástricas. O uso indiscriminado de alimentos processados e ultra-processados " carregados" de aditivos cujos efeitos estão muito pouco estudados.
- A falta de tempo ou indisponibilidade" mental" para a prática diária de exercício físico.
- A convicção arreigada mas infundada de que uma alimentação saudável é exclusivamente constituída por saladas, "cozidos e gralhados", aliada a uma publicidade e junk food ( traduzido por comida lixo) agressiva e permanente, sem direito ao princípio do contraditório.
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